Curioso sobre sexo anal?
O sexo anal é, como a maioria dos temas relacionados com a saúde sexual, um tabu e, como todos os tabus, as pessoas acabam por ter vergonha de falar das suas experiências e dos seus medos. Espreite estes cinco factos sobre o sexo anal e com a ajuda de uma sexóloga* descubra mais sobre esta prática sexual:
- Anal pode ser para todas as pessoas
O sexo anal é frequentemente visto como uma prática associada a homens homossexuais e isto é algo que precisa de ser esclarecido. Muitos homens e mulheres heterossexuais gostam de sexo anal. Na realidade, está a tornar-se muito popular entre pessoas com menos de 45 anos! De acordo com um recente inquérito1 do CDC (Centers for Disease Control), 36% das mulheres e 44% dos homens deste grupo etário admitiram ter feito sexo anal com um parceiro do sexo oposto. Uma vez levantadas todas as barreiras pré-concebidas, a verdade é que o ânus tem milhares de terminações nervosas de prazer e algumas estão até ligadas ao clitóris. Para os homens heterossexuais, o sexo anal também pode ser realizado com a ajuda de um “cinto de fixação” utlizado pela mulher, ou com a ajuda dos dedos ou da vibração. De facto, o sexo anal para um homem pode ser particularmente excitante porque existe a oportunidade de explorar o ângulo conhecido como o “ponto P”, uma glândula prostática muito sensível que é responsável por desencadear orgasmos nos homens.
- Sexo Anal = prazer
Como mencionado, o sexo anal pode ser bastante agradável para ambos os sexos, sem envolver qualquer tipo de dor. Infelizmente, a ideia de que vai doer perpetua um fenómeno chamado dor antecipada. Em suma, se pensarmos que algo vai ser doloroso, o nosso corpo começa literalmente a preparar-se para a dor ao tensionar e amplificar a experiência da dor. Nada que uma dose generosa de lubrificante e a excitação que ajuda a relaxar o corpo não resolvam, mas como se costuma dizer: a prática leva à perfeição. Tal como outros tipos de atividade sexual, o sexo anal tem de ser um processo contínuo de treino e preparação do corpo para o receber.
- É simples
Precauções simples podem ajudá-lo a perceber que a experiência não precisa de ser confusa ou embaraçosa. Antes de mais, o reto não guarda fezes, mas o sexo anal pode desencadear o ânus a libertar os intestinos se tiverem fezes suficientes. Por isso, é melhor tentar esvaziar os intestinos antes de decidir explorar o sexo anal. Para ajudar neste processo, pode usar água durante cerca de 30 segundos a um minuto e depois esvaziar para ajudar a limpar o intestino.
- Há muito para explorar
Embora o sexo anal através do pénis de um parceiro possa parecer espantoso, existem muitas outras formas maravilhosas de explorar este tipo de sexo que não envolve penetração. Uma vez que o ânus está cheio de nervos sensíveis ao prazer existe um mundo de possibilidades para explorar. Desde brincar com os dedos, ou usar um acessório como um plug anal ou bolas anais, ou mesmo experimentar outro tipo de vibração ou dispositivo de bem-estar sexual. O importante é alargar a definição de sexo anal e jogo anal para que não consideremos a penetração como a única opção de prazer.
- As mulheres também conseguem atingir o orgasmo através do sexo anal?
As mulheres são capazes de ter orgasmos alucinantes através do sexo anal. Há uma abundância de nervos prazerosos, além de que a estimulação anal muitas vezes pode aumentar a estimulação do clitóris e do ponto G, que são enormes fontes de prazer. É importante, no entanto, que as mulheres evitem fazer sexo vaginal após o sexo anal, dado que pode transferir os germes intestinais para a vagina, levando a infeções. Em geral, o sexo anal não é, nem deve ser, um desejo oculto. Por exemplo, algumas mulheres só precisam da imagem mental de fazer algo “tão maroto” para sentirem o corpo estremecer. Como todas as coisas relacionadas com a intimidade, o sexo, em geral, deve ser discutido e explorado na altura certa, sem restrições. Não há mais cuidados a ter com o sexo anal do que no sexo vaginal, basta usar muito lubrificante e explorar posições que permitam que o ânus relaxe.
* Satisfyer e Megwyn White, sexóloga clínica certificada
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