O pecado mora ao lado…

O pecado mora ao lado…

A noite ia alta e as voltas na cama deixavam-me louca. Ao meu lado, o meu marido Pedro dormia profundamente. Já farta da insónia, levantei-me impaciente e cambaleante. Desci ao rés do chão para beber água e já na cozinha, a sombra de um vulto captou a minha atenção e conduziu o meu olhar para a janela.

Estava uma noite clara, iluminada por uma lua cheia com um brilho sobrenatural e embriagante. Vieram-me à ideia as histórias de criaturas noctívagas e mágicas que em criança tanto me assustavam e atraiam. Debrucei-me sobre o lava-louça e vi que o vulto era apenas o novo vizinho. Provavelmente estaria a regressar a casa depois de uma noite de farra num qualquer bar da cidade. Quanto sabia, era solteiro e com aquele porte que cortava a respiração à mais decente mulher de família, era de certo uma perdição para uma legião de pretendentes femininas e não só.

Por momentos não consegui afastar-me de duas ou três cenas inebriantemente sensuais que envolviam aquele pedaço de mau caminho. Observando-o por alguns minutos enquanto saia do carro e se dirigia para a porta da casa, bloquei na sua figura musculada e nos seus movimentos hipnotizantes. Respirei fundo e recuei. Pousei o copo e subi ao quarto, sem que a imagem do vizinho me saísse do pensamento.

– Oh meu Deus! Sussurrou enquanto subia as escadas a pensar naquele ser viril, de trinta e poucos anos, com olhos avelã e cabelo sedoso bem cortado. Aquele corpo, sem um grama de gordura, parecia esculpido por Leonardo da Vinci e o rabo…… – Que visão dos infernos!

O meu corpo ardia e a minha respiração alterava-se a cada degrau…ou seria a cada flashback?

No silêncio da casa adormecida, a voz de Pedro despertou-me: – O que está a acontecer? Estás bem Gabriela? Inquiriu preocupado, sentando-se na cama.

-Nada, fui apenas beber água. Respondi, enquanto entrei no quarto e me abeirei da cama para me voltar a aconchegar ao seu lado. Mas um quentura estranha continuava a desviar-me o pensamento para o vizinho.

Pedro aproximou-se e beijou-me o pescoço, causando-me um arrepio e senti o seu pénis a emergir na minha direção como que a chamar por mim. Longo e grosso, irresistível ao ponto de provocar a luxúria de um gemido irrefletido.

– Vem cá, garanhão. Disse-lhe enquanto o envolvia nos meus braços e o beijava, tentando abstrair-me dos pensamentos. Fizemos amor. Pedro conhece cada centímetro do meu corpo e eu gostava de o ter dentro de mim. Quando o meu orgasmo finalmente chegou e atingiu o auge, gritei baixinho: -Pedrooo. Foi uma luta não gritar o nome do vizinho.

Durante o tempo todo em que Pedro esteve dentro de mim, eu estava fantasiando com o nosso vizinho e o seu corpo perfeito. Os meus pensamentos fugiam para uma dúzia de cenários mitológicos em que aquele Deus Grego desnudado me possuía vigorosamente. Perdida nos pensamentos, Gabriela adormeceu finalmente.

No dia seguinte, a azáfama matinal e a correria contra o tempo para não chegar atrasada ao serviço. Como sempre o Pedro despacha-se mais cedo e sai a correr para não ficar preso no “garrafão” da ponte. Ele costuma dizer que um minuto faz toda a diferença.

Enquanto o via dirigir-se para o carro apressado, olhei para o carro do vizinho ainda estacionado e lá se foi o pensamento de novo para a “porta do lado”….

O dia prometia ser comprido e com muitas abstrações dignas de uma qualquer especialista em anatomia e mitologia grega…

(Continua…)

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